quarta-feira, janeiro 28, 2009

Comunicado ANEM: Estudantes convidados a terminar curso em Portugal

A Agência Lusa divulgou hoje declarações da Exma. Sra. Ministra da Saúde, Dra. Ana Jorge, acerca do possível convite a estudantes portugueses que se encontram a estudar no estrangeiro para regressarem ao nosso país, tendo assim oportunidade de terminar o curso nas Escolas Médicas portuguesas (link para a notícia no site do Expresso).

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), enquanto representante de todos os estudantes de Medicina do país, não pode deixar de se pronunciar sobre algumas questões levantadas pelas referidas declarações.

Como é do conhecimento geral, todos os anos milhares de estudantes que terminam o ensino secundário pretendem ingressar no curso de Medicina, sendo o número de candidatos muito superior ao número de vagas disponível. Tal como em outros cursos, aqueles que não conseguem garantir o seu ingresso acabam frequentemente por optar por outras áreas de formação ou inclusive por repetir mais do que uma vez os Exames Nacionais de Acesso ao Ensino Superior, em busca de uma melhor nota de candidatura. Outros têm oportunidade de ir para o estrangeiro estudar Medicina, o que representa um grande investimento, com custos muito elevados, que apenas algumas famílias socialmente mais favorecidas conseguem suportar, no entanto, trata-se de um reduzido número.

Com a medida agora anunciada pela Exma. Sra. Ministra da Saúde, estará a ser promovido o regresso de estudantes portugueses que, na grande maioria dos casos, não conseguiram ingressar nas Escolas Médicas do país. No entanto, importa ressalvar que estes estudantes estarão a ter uma oportunidade, a que outros com classificações superiores de final do ensino secundário não tiveram acesso, porque as suas famílias não podiam suportar os seus estudos no estrangeiro. Na opinião da ANEM, trata-se de uma situação de clara injustiça para todos aqueles que pretendem tirar o curso de Medicina e que acabam por não o fazer ou por demorar vários anos a ingressar.

Por outro lado, importa salientar que o regresso destes estudantes terá também implicações no actual funcionamento das Escolas Médicas portuguesas. Como é também do domínio público, tem-se verificado um progressivo aumento de numerus clausus em Medicina, que atingiu em 2008/2009, um recorde histórico de 1614 vagas. Nos últimos 10 anos assistiu-se a um aumento do número de vagas de 288%, o qual não foi acompanhado pelo necessário investimento e crescimento das Escolas Médicas, com repercussões na formação médica pré-graduada. Actualmente, as Escolas Médicas portuguesas apresentam já sérias limitações infra-estruturais, que colocam em causa a aprendizagem teórica e prática, o que pode ter consequências para os próprios utentes dos Serviços Nacionais de Saúde.

Ao regressarem estudantes e serem integrados nas actuais Escolas Médicas do país, toda esta situação será agravada. Não basta formar médicos em quantidade, é preciso também garantir a sua qualidade técnica, científica e humana, o que exige recursos e condições adequadas.

Para terminar, importa também questionar o fundamento desta medida agora anunciada pela Exma. Sra. Ministra da Saúde. De acordo com as declarações prestadas à Agência Lusa, trata-se de uma tentativa de combater a alegada falta de médicos em Portugal. Tendo em conta o último estudo efectuado, em 2001, pelo Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior, que estabelece as diferenças entre o número de médicos que se irão aposentar e o numero de novos médicos que irão começar a trabalhar, “apenas em 2016, 2017 e 2019 o número dos aposentados excede ligeiramente o número de licenciados” porém “entre 2000 e 2020, o excedente de licenciados corresponde a um total de 6350 médicos”. Apesar destas conclusões, diversas medidas têm sido tomadas no sentido de formar mais médicos em Portugal, tais como o aumento muito significativo de numerus clausus já enunciado, a criação de vagas específicas para licenciados ou ainda a abertura de um novo curso de Medicina na Universidade do Algarve. Não existem assim motivos para pensar que irá existir num futuro próximo, falta de médicos em Portugal. No entanto, acreditamos que se devem unir esforços para promover uma distribuição racional por região e especialidade e que se deve realizar um novo estudo que reflicta a realidade actual do número de médicos em Portugal e as eventuais carências.

Por todos os argumentos acima expostos, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina, representante das Associações e Núcleos de Estudantes das sete Escolas Médicas do país, não pode deixar de manifestar a sua indignação perante as declarações proferidas pela Exma. Sra. Ministra da Saúde.

Saudações Académicas,

Inês Laíns

Presidente da ANEM

41 comentários:

Anónimo disse...

Apoio totalmente a ANEM e tenho a certeza que todos os estudantes de medicina nacionais concordam com este comunicado. Se estas medidas forem efectivamente para a frente há que tomar uma posição! O ratio alunos/tutor actual já é incomportável, não podemos permitir que a nossa formação seja ainda mais negligenciada do que é!

Anónimo disse...

É obvio que todos os estudantes nacionais se vão opor a este comunicado. Contudo, acho inadmissível que os estudantes que estudam no estrangeiro, quer seja medicina ou outro curso qualquer, sejam penalizados quando voltam ao seu país de origem. Como sabem medicina é um curso difícil que requer muitas capacidades e esforço. Qualidades que os alunos estrangeiros tem de ter a parte adaptar-se a língua do pais, para não mencionar os custo económicos elevados que requer a família.
É louvável que a Ministra reconheça publicamente a situação existente e tome medidas para o resolver o problema da falta de médicos, o qual tanto tem prejudicado saúde.
Para ir atrás de um sonho muitos alunos foram obrigados a abandonar família e amigos, fazer tudo sozinhos. E porquê? Porque na altura de compensar o esforço do estudo e tudo aquilo que abdicaram para conseguir o que almejavam, o nosso País não deu a mão.
Estudar no estrangeiro apenas por opção ou porque não se tem outra alternativa, não interessa. Não deixam de ser pessoas que se esforçam e que lutam pelos seus objectivos de uma maneira ou de outra.
Lutam e estudam tanto quanto os outros que têm medias altas, porque um aluno de media de 18 não significa que seja melhor medico que um aluno de media de 17, mas o que nos faz diferentes é seguir o nosso coração e vocação.
Muitos preferem ficar em Portugal porque não têm coragem para sair. São opções. Mas não devem esquecer que quem estuda fora também esta em universidades credenciadas para o efeito. O processo de transferência de Alunos estrangeiros ou de portugueses no estrangeiro é LEGAL. O problema é que Portugal é um país de invejosos, e tal inveja por vezes deixam-os cegos sem conseguirem ver o que está realmente certo.

Unknown disse...

Bem... parece que "sou do contra".
De facto, parece-me uma medida bastante justa e pragmática.
Temos neste momento no estrangeiro alunos de medicina em faculdades bastante melhores que as nossas (nao querendo ferir susceptibilidade, mas todos sabemos que muitas das faculdades que recebem estes alunos sao melhores que as nossas...), com grande preparação a nivel teorico e também bastante prático (claro, aqueles que ja chegaram a ano para isso) e que, muito provavelmente não voltarão caso nao seja nesta altura da sua "carreira"!
De facto acredito que são bastante melhores que os "restos" de outros paises!

Em relação à injustiça de apenas os "ricos" poderem ter ido estudar para o estrangeiro... isso sao generalizações de casos particulares.... caso nao tenham informação´, é tao caro para uma familia de fora das cidades que acolhem Faculdades de Medicina ter os seus filhos nessas faculdades como ter, por exemplo, os filhos a estudar numa qualquer faculdade espanhola (pudendo ate encontrar melhores preços a nivel de residencias universitárias).
De facto nao sei se a injustiça nao passará mais pelas pessoas que puderam pagar uma melhor educação sendo-lhe por isso, à partida, mais facil ingressar numa faculdade de medicina.

Para terminar penso que nós, que tivemos a felicidade de entrar cá deveriamos apoiar os nossos colegas, mesmo no extrangeiro, e nao temer que eles nos venham "ocupar" o lugar, pois de qualquer forma isso apenas seria um incentivo para melhorarmos o nosso ensino medico e, a medio longo prazo o sistema de saude, que ja viveu melhores dias.

Anónimo disse...

Antes de emitirmos uma opinião seria sempre conveniente informarmo-nos acerca da veracidade do que estamos a dizer...
Estudar Medicina no estrangeiro, numa Universidade Pública (como acontece com todos os alunos portugueses a estudarem Medicina em Espanha)obriga a uma despesa muito semelhante àquela que têm as famílias cujos filhos se encontram a estudar Medicina em Portugal, mas fora de casa! As propinas têm valores idênticos; arrendar um/a quarto/casa custa menos do que em Lisboa, Porto ou Coimbra; os custos da alimentação são semelhantes;...!!
Então qual a diferença entre os alunos que querem estudar Medicina e vão para o estrangeiro e os que dizem que querem e não vao??? Nada têm a ver com o facto de pertencerem ou não a famílias abastadas! Tem a ver com a coragem, com a determinação, com a verdadeira vocação!! Essa é a única diferença!
Aconselho-vos a arranjarem um argumento melhor para afastarem a concorrência...porque isso é que realmente vos incomoda!

Anónimo disse...

Concordo plenamente com a ANEM.. Temos de combater esta nova "ideia" da Sra. Ministra!!

Anónimo disse...

É lamentavel este comunicado por parte da ANEM!
Estive dois anos a tentar entrar em portugal e visto na ultima tentativa nao ter entrado por meia decima...o que é lamentavel decidi tomar outras medidas.
É com orgulho que posso dizer que estou a estudar em Espanha numa das melhores universidades do pais e com o melhor rendimento academico da promoçao.
Deste modo e de acordo com o comentario do TIAGOGDUARTE, acho uma medida extremamente justa.

Anónimo disse...

Eu estudo em Lisboa e não morava em Lisboa, portanto não acho que gaste menos do que um aluno a estudar em Espanha, p.e., de maneira nenhuma. Acho esta medida da ministra super injusta para todos os que deram tudo para entrar e para aqueles que (como foi dito) não entraram e não tiveram oportunidade de ir para o estrangeiro. Acho que os alunos que estudam cá não têm que ser prejudicados no seu ensino pela sua faculdade albergar mais não sei quantos alunos que "não cabem".
Se isto for para a frente é preciso fazer alguma coisa!

Anónimo disse...

Acho lamentável este comunicado da ANEM, simplesmente vergonhoso,e passo a explicar muitos erros de ignorancia/exactitude que demonstram:
- Como estudante que tem familiares a estudar no estranjeiro em diferentes áreas (engenharia, medicina)nao posso deixar de notar que só na área de medicina existe uma problemática com os colegas estranjeiros; em todos os outros cursos o facto de sair e viver na Europa, estudar nas melhores universidades europeis é valorizado pelos colegas portugueses.Só posso concluir que apesar do 19 para entrar, os futuros médicos deste país sao antiquados, de vistas curtas, e acomodados, o que nao deixa de ser lamentável. Meus senhores, Portugal nao é referencia nem na medicina nem em nada, aproveitem a experiencia indirecta destes vosso colegas, ou o nosso país vai continuar na cauda da Europa, facilmente ultrapassado pelos países de leste.
- Como obviamente desconhecem, a maior parte dos paíeses europeus para onde eles saem (UK, Espanha)dao bolsas de estudo a quem precisa, atribuidos sem favoritismos e de acordo com os rendimentos reais dos estudantes (nos países mais civilizados fugir aos impostos nao está bem visto, sabem?).
- Estudar no ensino recurrente portugués também nao é barato, e há muitos futuros médicos que entraram pos esta via. Quem eu conheço que se recusou, preferiu ir para Espanha estudar.
- Para muitos dos meus amigos que estudam em Espanha o comunicado da ministra foi ridiculo porque, depois de estudar 5 anos na Europa, voltar para o "desastre" do nosso país é uma piada de mau gosto; até porque um diploma europeu nao é comparável a um portugues...
Por tudo isto só posso concluir que os estudantes de medicina em portugal estao muito pouco informados, o que é desculpável (mas lamentável). Se nao é o caso, entao querem manter o seu status e os seus rendimentos à conta dos doentes (que nao vao ter medicos suficientes), o que é mais lamentavel ainda.

Anónimo disse...

eu também devo ser do contra......
os alunos que foram estudar para fora também deram tudo por tudo para entrarem cá e não conseguiram!!!!!
ninguém deixa para trás família, amigos, casa, país, etc... de ânimo leve!!
muitos repetiram os exames várias vezes e outros ficaram de fora por poucas décimas!
se tiveram oportunidade de ir para fora fizeram muito bem!! e os que não tiveram, como foi dito, coragem para o fazer não têm nada que vir reclamar!
eu tive a sorte de entrar no Porto e apoio o regresso dos nossos compatriotas e futuros colegas!!

sérgio f. disse...

corporativismo mais uma vez... de facto muito poucas vezes me revejo nas atitudes da ANEM... existe uma ausência de noção social que me irrita bastante (num país que de social já tem muito pouco).

em vez de criar esta dificuldade, seria mais lógico apoiar, por exemplo, a aceitação de alunos no ano profissionalizante em diferentes hospitais, não vos parece?

tenham alguma vergonha na superficialidade dos vossos comunicados. neste nem é necessário ler nas entrelinhas!

Anónimo disse...

Eu acho que o mais importante aqui é que não há condições para receber estes alunos e ponto final. Quase não há condições para aqueles que estão nas respectivas Faculdades, eu falo nos anos basicos que é a minha experiência até agora em que estão 20 alunos mais um professor numa sala minuscula ou por exemplo não há microscópios para toda a gente numa aula de Histologia. Para apostar num ensino de qualidade e poder potencialmente receber estes estudantes se calhar deviam melhorar as condiçoes das Faculdades já existentes. De certeza que ninguem quer prejudicar os alunos de fora mas se calhar com esta medida vaos prejudicar alem dos proprios alunos de fora e os das faculdades (que teram um ensino de menos qualidade) e o proprio pais que de certeza terá mtos mais medicos com menos aportunidades de aprendizagem.
Talvez a prioridade seja melhorar as condiçoes existentes e tambem fazer uma melhor distribuiçao dos medicos no pais isso talvez fosse uma boa medida

Anónimo disse...

de facto, penso que nao há condições humanas e materiais para receber mais alunos. se a ministra for em frente com essa decisão, acho que não só perdemos nós em termos de ensino, como também os estudantes no estrangeiro que vierem para cá...

Unknown disse...

Á questão dos recursos não é justificativo. Temos muitos Professores de qualidade que nao dão aulas, e muito terreno para construir faculdades.

Alem disso nao axo que o numero de alunos seja algo exorbitante, e estou numa das faculdades com mais alunos do pais! A questao de falta de acompanhamento muitas vezes sentidas passa mais pelo completo desprezo de profs pelos problemas dos alunos... sem entrar em grandes criticas ha varios que sao claramente superiores a todas as questoes dos alunos....

A nivel economico sai bastante mais rentavel formar novos medicos que andar sempre a "remendar" com extrangeiro, ate porque isso nao beneficia em nada o nosso sistema de saude....

sérgio f. disse...

aos últimos posts eu quero lembrar que aqui se está a falar do último ano, que sendo de carácter profissionalizante poderia (e deveria) ser efectuado em QUALQUER hospital do país... não há assim qualquer risco de sobrelotação... mas não me parece que seja esse o "medo"...

Anónimo disse...

"ó Sr.ª Ministra, já agora vamos chamar os emigrantes portugueses e oferecer-lhes um salário igual ao que têm no estrangeiro, dar-lhes as mesmas regalias, para estarem no seu país de origem." Anónimo

Achei muito apropriado este comentário que encontrei na internet.
Acho isto tão esquisito. Será que alguém "conhecido" da Sra Ministra estuda medicina no estrangeiro?
Estas pessoas, como todos nós, esforçaram-se para entrar cá e não conseguiram e tomar a decisão de estudar lá fora em busca do seu sonho, o que denota coragem, sem dúvida. Todas as decisões na vida têm prós e contras e todos estavam conscientes disso. A propósito do comentário postado acima, os emigrantes também sabem que vão para fora trabalhar e que não é por isso que os vão convidar para voltar para cá, com o mesmo trabalho, ordenado, etc, é lógico. Se quiserem voltar, têm de se candidatar a um trabalho cá como qualquer pessoa. Os alunos que estudam fora também sabiam disso. O que é normal!! Estudam lá fora e se quiserem voltar, candidatam-se, faziam o exame, etc, e todos ficávamos contentes. Tenho todo gosto em que sejam meus colegas mas com os devidos procedimentos.

Joana Correia de Barros

Anónimo disse...

Concordo com o comentário da Maria e vou acrescentar.
Se esta medida surge realmente para combater a falta de médicos e não por alguma razão menos nobre é bom que se saiba: NÃO HÁ FALTA DE MÉDICOS FORMADOS!!! Há sim muitos médicos que não querem trabalhar no público, uma má distruibuição dos mesmos e sim há médicos mercenários como há advogados mercénarios, explicadores mercenários, etc etc etc... Há, o Bastonário não pode negar. No entanto, concordo com o Bastonário ao afirmar que isso se deve muito, e cito: "há é um sistema mercenário de exercício da medicina que tem nome de autor e isso que seja claro".
O que acontece, caros colegas, é que nenhum governo consegue "domar" os médicos, fazer uma reforma, ou porque há pressões e interesses ou porque há logo uma greve em larga escala e isso não pode ser... Portanto, resolvem actuar no nível anterior, a nível académico, pois sabem que os médicos já formados não farão greves por nós, os "futuros concorrentes", estão a ver a lógica? E claro, com toda a razão, já trabalham, também lhes custou chegar ali e realmente não têm nada a ver connosco.
A resistência da nossa parte é menor, a visibilidade que temos perante a população portuguesa é menor, não passamos de miúdos cheios de hormonas e mania, sendo mais fácil lidar connosco.
E claro, sem dúvida que estamos no máximo ou perto do máximo da lotação das faculdades, logo concordo com os argumentos apresentados: "a alegada injustiça social da medida e as dificuldades das faculdades e hospitais em dar formação a ainda mais estudantes."
Não sou invejosa neste aspecto e quem me conhece sabe que não por diversas razões apenas acho que o actual sistema de reconhecimento da licenciatura está perto do correcto e que se têm problemas com o exame da Ordem, ou com reconhecimento por parte da Ordem, é com eles que devem falar e são essas medidas que devem de ser tomadas e aplicadas. Até mesmo no que se refere a médicos imigrantes que vêm para cá e que têm dificulades em ver a sua licenciatura reconhecida.

Joana Correia de Barros

Anónimo disse...

A maioria dos comentarios aqui postos demonstra uma falta de conhecimentos total.
Ninguem poe em causa se a ministra tem alguem fora a estudar ou nao...a questao é arranjar uma soluçao ao forte problema vivido actualmente em portugal e deixar de trazer medicos estrangeiros para cubrir a imensa falta medica.
O ultimo ano do curso é de caracter practico sendo ele realizado nos hospitais...
em vez de arranjarmos uma soluçao para acolher os nossos futuros colegas...nao... estamos arranjar ainda mais problemas.
Tambem nao acredito que depois de estar 5 anos a estudar fora que ele venham para portugal apenas para fazer um ano e ser recriminado pelos futuros colegas.
Por mim...acho muito bem que venham e que nos ensinem muitas coisas novas!

Unknown disse...

Bem, eu acho interessantissimo pessoas fazerem comentarios a dizer que esta medida nao deve ser tomada pelo simples facto de uns terem conseguido entrar cá, e entao somos os maiores! e outros nao terem conseguido e deverem sofrer o nao terem tido media, se quiserem mesmo ser medicos!!!

Graças a Deus tive media para entrar cá! e nao posso dizer que tivesse no "fio da navalha" para entrar!! ainda assim sei que muitos dos que ficaram la fora talvez merecessem mais do que eu entrar.... o que esta em causa nao é de todo o valor das pessoas!! Alem disso comparar estes estudantes a emigrantes?! provavelmente muitos dos que postam mostrando nas entrelinhas a sua "superioridade" em relação aos outros sabem que talvez n tivessem eles proprios coragem de fazer o que os nossos COLEGAS fizeram!!! (sem estar em por em causa os seus dotes para a medicina ou a sua vontade de ser medicos).

De facto acho que nao aceitar uma igualdade (ainda que tardia) entre os que conseguiram entrar ca, e os que foram estudar para o extrangeiro e um completo absurdo! e denota grande falta de respeito pelos colegas, porque, mesmo estudando em Lisboa e ate estando do lado "bom" da linha, era este o tratamento que teria se nao estivesse....

São estudantes de medicina e portuguese... para mim sao tao colegas e tao dignos de respeito como qq outro estudante do Porto, Coimbra etc....

Anónimo disse...

Eu estou em Espanha a estudar e depois de ler comentários, declarações e opiniões como a do "sôtor" Ruis Reis (da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) só me dá mais vontade de continuar e fazer a minha carreira aqui; num país que dá oportunidades e onde as pessoas não são tão ignorantes, elitistas e de mente tacanha.

Um estudante de Lisboa que vá estudar para Coimbra gasta mais de gasolina do que um estudante em espanha no TGV Madrid-Zaragoza!!

Os ABASTADOS estão em POrtugal, não estão fora!!! FAÇAM BEM AS CONTAS!! (à diferença do IVA, às propinas; Bolsas de estudo em Portugal: NEM AS VEÊM!!!, etc...)!!
Por isso é que vos digo: para estudar em Portugal ou és filho do Belmiro ou está bem tramado!


VIVA ESPAÑA!!!

VickyLou disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Realmente a ANEM deve estar muito preocupada com justiça social... Porque o problema aqui nao gira a volta do processo de admissao nas faculdades portuguesas porque isso ja toda a gente sabe que ja deveria ter sido revisto a muito tempo. Agora o que ninguem parece ver é que somos alunos em formaçao e iremos eventualmente partilhar a mesma profissao de quem estuda em Portugal, e nao iremos roubar lugar a ninguem que esteja a concorrer agora, iriamos sim partilhar os lugares nas faculdades portuguesas, se nao ha capacidade é uma coisa, mas nao lhe venham chamar injustiça. Porque ao ir estudar para Portugal estariam a chamar-nos para ajudar a resolver o que anda em falta no SNS, e percebam bem isto, ninguem nos estaria a fazer um favor, tlv tivessemos nos a fazer um favor ao estado. E realmente assim devia ser ja que nos querem depois a trabalhar em Portugal parece-me justo que participem nos custos da nossa formação, porque ha ainda bastante gente a pensar em nao ir trabalhar para portugal, e ao investirem agora em formandos portugueses, tlv fosse uma boa maneira de garantir recursos para o SNS ja que como toda a gente sabe, quantos medicos estrangeiros nao foram a portugal tirar uma especialidade e dps voltaram ao seu pais... quem usufruiu dos gastos dessa especializaçao? Pois...

Anónimo disse...

Parece-me que os representatntes da ANEM e os apoiantes destes ideais deveriam informar-se primeiro antes de chegar a conclusoes sem conhecimento de causa.
Para começar, em Espanha, este ano lectivo, nenhum aluno com uma media nao proxima de 16 conseguiria entrar Medicina. Pode ser apenas idiotice minha, mas nao me parece que um aluno de 16 nao terá menos mérito como médico que um aluno de 19. Talvez até tenha mais, quem sabe. Em segundo lugar, nao são so as familias economicamente favorecidas que conseguem enviar os seu filhos para estudar no estrangeiro, é obvio que terão que ter algumas possibilidades mas nao mais que uma familia do Porto, por exemplo, terá de ter para manter um filho a estudar numa Escola Médica de Lisboa.
Quanto a repetiçao consecutiva de exames nacionais ou ter que optar por outro curso porque nao se entrou por apenas umas décimas..Se há espirito para repetir exames até a exaustão em busca de um sonho, esse espírito também deveria estar la para por a hipotese de sair do pais. Se a opçao é ficar-se por outro curso então é porque se calhar o sonho não era assim tao forte. Em Espanha ha bolsas de estudo para pessoas com menos possibilidades económicas, portanto não se trata de ter uma familia economicamente favorecida ou não, se sabes o que queres vais a luta, pesquisas, procuras, bates a todas as portas e alguém te irá ouvir.
No final o que realmente é preciso ter para tomares a decisão de ir para fora do teu pais é coragem, sem isso nao vais a lado nenhum. Não se podem usar desculpas como motivos económicos ou "foi so por umas décimas,vou repetir exames até entrar". Se o que te falta é a coragem para largar tudo e ir atrás do teu sonho admite-o e pronto.
Não venham para aqui revoltar-se ou criticar quem conseguiu ter a força de vontade suficiente para ir a luta e seguir o seu sonho em qualquer parte do mundo. E quem o fez e se deu bem é pouco provavel que com reacçoes destas tenha vontade de voltar aquele que apesar de tudo continua a considerar o seu pais.
Parabens Tiago Duarte, são pessoas como tu que conseguem ver para alem do propio umbigo que continuam a dar esperança a quem esta longe que o regresso a casa talvez um dia seja possivel.

Anónimo disse...

Bem eu como tantos tambem estou a estudar no estrangeiro,mais concretamente em santiago de compostela... bem quanto ao comentario divulgado aqui pela anem nao podia estar mais em desacordo por inumeras razoes! falando de injustiças no acesso a medicina podiamos referir tantas:acesso pelo contigente da madeira e açores, pelos nossos tao "ilustres desportistas",via pai ministro ou embaixador,via externato ribadouro e afins... Quanto a tao aclamada injustiça social minha cara Anem, nao me parece que seja assim tao evidente porque no meu caso e de tantos outros portugueses a estudar em espanha tivemos direito a bolsa (no meu caso mais de 5000euros anuais mais as propinas pagas e um curso de ingles num pais de lingua oficial inglesa no valor de 1650 euros, totalmente financiados pelo ministeria espanhol)e por acaso os meus pais nem sao licenciados nem funcionarios publicos nem milionarios.Como em todos os lados ha gente pobre e gente rica e gente pobre.Voltando novamente ao tema da injustica social, gostaria que fizessem uma sondagem para averiguar qual a percentagem de alunos do curso de medicina em portugal que fizeram o secundario num externato, que certamente serao filhos daqueles que estao as 7 da manha na fila de espera do centro de emprego....
Tanto alarido fazem os estudantes de medicina e afins e ninguem se lembrou de nos perguntar se queriamos voltar.. A verdade e que voltar para casa era bom mas tar a ter aulas num contentor(s joao) ou num edificio em ruinas como o ICBAS nao me parece mt agradavel!
Bem ficam aqui os votos de felicidade ao site de um vosso futuro colega

Anónimo disse...

Isto é uma vergonha.

Perguntem-se porque é que a ministra está interessada em fazer convite... acham que nós, os que estudamos fora, estamos interessados em voltar?

Fiquem com os vossos lugares, no meio da balburdia aí, que nós aproveitaremos bastante melhor esta oportunidade de estar fora e de crescer psicologica e culturamente.

Ana (Universidad de Cantabria)

Anónimo disse...

ola chamo me eduarda micaela e sou a presidenta dos estudantes portugueses de medicina em santiago! Sou viceorganizadora do CIBEM y toco pandeireta na tuna!Venho por este meio expressar a minha opiniao da comunidade portuguesa das galeras junto ao antigo hospital clinico! Os portugueses aqui estao completamente em desacordo e ate dizem que so vao por 50000 euros ja que os medicos aqui em espanha ganham o triplo daí!Nao e vdd que ha inhjustiça social uma vez que eu frequento o mesmo ano da filha da minha empregada de limpeza! o meu pai e o dono da MOTA ENGIL e nao me da mais de 3000 euros de mesada por semana! bem por esta semana e tudo porque amanha vou de ferias para a neve para os pirineus.

Anónimo disse...

o que vale é que quem manda é a ministra.

Anónimo disse...

Não colega, o que vale é que este é ano de Eleições Legislativas e isto, à semelhança de todo o Governo by Socrates, é mais uma grande jogada de marketing político...
Acreditam mesmo que não passa de intenções? Peço desculpa ter trazido para aqui o argumento político mas penso que é mesmo disso que se trata.

Anónimo disse...

Sim, esta foi certamente um anuncio mais politico que real. Ainda assim, e quando se discute a justiça de uma eventual medida axo que devemos apoiar a ministra.
Até pode ser que esta seja uma das rarissimas medidas de qualidade deste triste governo...

Anónimo disse...

se repararem isto é a forma de criar indirectamente faculdades de medicina privadas no nosso país.

Anónimo disse...

Acho uma piada a estes anónimos estudantes de medicina que estão a estudar no intelectual e culto e desenvolvido e justo e fantástico "estrangeiro" e se põe a falar mal da FMUP, do ICBAS e de Portugal em geral ("Fiquem com os vossos lugares, no meio da balburdia aí, que nós aproveitaremos bastante melhor esta oportunidade de estar fora e de crescer psicologica e culturamente").

Como se alguém acreditasse que quando vocês acabaram o 12º, a vossa primeiríssima opção foi o "estrangeiro"... Como se alguém acreditasse que vocês não se candidataram a "ter aulas num contentor(s joao) ou num edificio em ruinas como o ICBAS"...

Vocês só foram para o "estrangeiro" porque não conseguiram entrar "aqui". E agora desprezam o "aqui" como se nunca vos tivesse passado pela cabeça estudar "aqui".

Ao menos sejam honestos.

Unknown disse...

Catarina, acho o teu comentário um pouco desadequado. Ninguem aqui está a dizer que o estrangeiro foi primeira opção para ninguem. Até porque se foi, entao esse alguem está bem, e nem perde tempo a ver estas noticias ^^
Agora também é importante perceber que há muitos alunos que, mesmo dispostos a voltar para casa, estão em faculdades melhores que as portuguesas. Só não percebe isto quem ou é extremamente orgulhoso, ou extremamente ignorante.
Isto não quer dizer que estes alunos estejam a ignorar ninguem ao referir que as suas faculdades são melhores.




Bem, de facto o que acho mais surpreendente no meio de muitos comentários é a destinção entre aluno de medicina no estrangeiro ou aqui, qnd no futuro nem vamos saber quem e quem, se chegarmos a trabalhar juntos. Mas pronto, acredito que existam muitas pessoas com vontade de fazer todos os outros saber que tiveram uma media de secundário magnifica.
Eu nao sou desses nem percebo muito bem quem seja.....

Anónimo disse...

Eu não sou contra a vinda dos estudantes estrangeiros para Portugal.
O que não cai bem é esses mesmos estudantes estarem a falar mal do nosso país, como se ir estudar "lá para fora" tivesse sido a primeira opção deles.
Eu sou da opinião que "Quem não sabe, não critica". Por isso, se eles não estudam nos "contentores do sao joao" nem "num edificio em ruinas como o ICBAS" nem vivem "no meio da balbúrdia" não têm motivos para criticar.
Se têm melhores faculdades, melhores condições, melhores professores... fixe para eles. Mas que não venham menosprezar o que temos "cá dentro".
Julgo que não deveria haver nenhum complexo de superioridade, tanto por parte dos que estudam "lá fora" (porque é mais organizado, tem mais qualidade, tem melhores condições...), como por parte dos que estudam "cá dentro" (porque tiveram uma melhor nota de candidatura).
Ao fim e ao cabo, vamos ser todos colegas e há lugar para todos, desde que sejamos bons na nossa profissão.

Anónimo disse...

Estive para nem escrever, como observo que faz a maioria dos estudantes e médicos em Portugal, não perdendo tempo com este tipo de debates. Mas o que está aqui escrito ultrapassa os limites do real e do imaginário...
1)Não consigo compreender como é tão díficil admitir que já há um exagerado número de alunos em Portugal e que a vinda de mais seria caótica.
2)Como é possível não admitir que quem vai para o estrangeiro tem pelo menos cá uma vida razoável e que há portugueses sem dinheiro para tal...não me venham com os exemplos simpáticos e extremos de alguém de Caminha a estudar em Santiago comparado com alguém da ilha do Corvo a estudar em Coimbra...saibam comparar! Fico contente por Portugal ser um país tão pretendido e por se esquecerem que por exemplo Madrid, Praga e Londres são das cidades mais caras da Europa...mas claro que devem estar atrás de Lisboa, Porto, Coimbra e...Covilhã!!!!!
3)Fico honestamente admirado de ainda existir a ilusão que faltam médicos em Portugal (quanto muito faltarão poucos especialistas no interior) e que ninguém ataque o facto de estarem mal distribuídos...temos mais de 35000 médicos mas ninguém quer criar mecanismos de saída de Coimbra, Porto ou Lisboa, pois isso, que é o que interessa, não interessa a ninguém...
4)Acho injusto obviamente a existência de privadas que inflaccionam as notas antes da entrada e alguns contingentes; mas não é com esta medida que isso será corrigido (estarei enganado?)
5)Ninguém está a contestar a vinda dos colegas já como médicos (e espanta-me a polémica pois pelos comentários que vi, creio que nenhum quererá regressar a este país de atrasados em que ninguém sabe pensar);
6)É pena confundir-se "raciocínio" e "planeamento" com corporativismo;e também economicamente estamos à vontade para albergar mais 900 alunos (pois então...)
7)Dou os meus sinceros parabéns por quem está a estudar fora. As suas conquistas continuaram para além do sonho...mas já sabiam em que condições iam...para quê estes ataques?
8)Porque se continua sistematicamente a colocar em causa quem está cá a estudar?Deve-se pedir desculpa por ter entrado cá ou por tentado entrar vezes sem conta e ter conseguido porque ainda se acreditou no ensino médico em Portugal?
9)Temos que começar a ser honestos uns com os outros e deixar-nos de superioridades em ambos os lados. Vamos ser colegas, sejemos práticos.

Pedro Figueiredo

sérgio f. disse...

caro Pedro Figueiredo,
por muita propaganda dada por aí, há a noção geral de que não necessitamos de mais médicos... bem, neste momento e num futuro de médio e longo prazo, até precisamos (a população a envelhecer, e as doenças crónicas a aumentar), mas continuando...

pensa da seguinte forma, puramente economicista: o que sai mais barato ao estado? educar os alunos de raiz até ao último ano, ou deixar que os governos de outros países o façam, importando-os no ano final para poupar "burocracia" com o último ano?

numa coisa estou como tu: sejAmos práticos, e vejamos isto da forma mais neutra possível.

(tanto mais que me custa um bocado que continuamente coloquem em questão a "injustiça", como se fosse uma honra maior finalizar medicina)

Sérgio Figueiredo

Ana dias disse...

Ola!
Sou a Ana, estudante de medicina, na universidade de Salamanca, Espanha... e apenas queria dizer q é realmente mto triste ver que sao os "nossos colegas" portugueses os q mais se revoltam com o a possibilidade de nós, estudantes de medicina no estrangeiro, podermos acabar cá o curso... é obvio que têm o direito de ñ apoiarem o "nosso regresso" a Portugal, mas por favor... nao usem esses agumentos! Sim, pk em relação à tao comentada situação economica q "as familias com menos recursos" n tiveream a possibilidade de estudar noutro pais... poupem-me, ok!!! o valor das propinas e alimentação é praticament igual... e em relação ao alojamnt, é mlhr nem comentr! Estou a pagar 160 €/mês num apartmnt com optimas condiçoes... ja para n falar nas bolsas de estudo a q temos direito! Penso q por exemplo no Porto os valores d alojamnt sao bastante mais elevados, e as condiçoes nem sempre sao as melhores!

Ah! e antes de fazerem todos estes protestos, lembrem-se d uma coisa mto importnt... é preciso querermos realmnt medicina para estudr fora... deixar cá a nossa familia, os nossos amigos, o nosso país, o nosso idioma, etc. n é nada mas naaaada fácil! por isso acredito k quem está no estrangeiro quer mesmo mtooo medicina, senao n conseguiria aguentar todas estas grandes dificuldades! Sim, pk eu sou daquelas pessoas q penso q n é por termos medias d 19 q vamos ser optimos medicos... há uma coisa mto importnt, a VOCAÇÃO, fazermos akilo com q SEMPRE sonhamos desde pekeninos... isto sim é mto important!!! Eu tinha média de 17,4 d secundario, n consegui entrar em portugal... e é por essas poucas décimas q vou ser pior médica do k os k estiverem em colegios particulares até ao secundario e pagaram para ter medias d 19????

Poiiis é.... quase me eskecia d tocar nesse assunto!!!! pensem no q acontece nesses colegios particulas!!!!!! Sei d casos k os proprios profs. ajudaram os alunos nos exames nacionais! Sao esses k vao ser melhores medicos do q nós?? k tivemos d vir para o estrangeiro pk sempre estudamos em escolas publicas!!!!!!!!

Pensem em todos os aspectos!!!! e por favor, n sejam injustos connosco! têm todo o direito d n apoiar esta ideia da ministra, mas procurem argumentos válidos... e n aspectos economicos, medias, ou mto menos o facto d virmos ocupar o vosso lugar!!!.........

fico realmnt mto triste e desiludida com voces... os q eu via km meus futuros "colegas"...

Ana Dias.

Ana Dias disse...

Ah! Esqueci-me de agradecer ao TIAGOGDUARTE por todos os comentários... tenho a certeza k serás um óptimo médico!!! é de pessoas assim k o nosso país precisa... pessoas k deixem a inveja para tras! Pk afinal um dia mais tarde seremos todos COLEGAS! E, sendo uma das estudantes no estrangeiro, tenho a certeza d k todos os meus colegas portugueses q estao em Espanha ou em qualquer outro país, serão tão bons médicos como os k tiveram a sorte de poder estudar no nosso país! Em todas as faculdades se formam BONS e MAUS profissionais!!! haverá para sempre BONS e MAUS médicos!!!

Força ministra, ESTAMOS CONTIGO nesta luta!!!!!!!! Quem realmnt está em medicina pk gosta, pk é aquele sonho q sempre teve, n se preocupa q nós "venhamos ocupar o lugar deles"! há lugar para todos nós!!!!!!!!!! ao ler alguns comentários deixados acima, fico com a sensação d q estao preocupados é com o facto d no futuro deixar d haver esta falta d medicos k vivemos actualmnt... e com isso claro, o Ex. Sr. Dr. vai deixar de ter o "prestigio", o "reconhecimnt na sociedd" k têm actualmnt! os médicos sao pessoas iguais a todoas as outras!!! n têm d ser vistos como "os Srs. SUPERIORES".... Quem realmnt GOSTA d medicina n se preocupa com o facto d o aumento do n.º medicos contribuir a q deixem d ganhar milhoes km se vê em mtos casos!

Se estamos no estrangeiro é porque APENAS QUEREMOS SER MÉDICOS... QUEREMOS REALIZAR O NOSSO SONHO!!! e Ñ ESTUDAR SEIS ANOS PARA DEPOIS GANHAR MTOOOO DINHEIRO, (como infelizmnt mtas pessoa pensam)... NAO!!!!

além disso, tb acho que quem realmnt "AMA A MEDICINA" e se preocupa em ajudar e com a saude dos outros, quer q TODOS SEJAMOS BONS PROFISSIONAIS!!! E é obvio q se, nós q estamos no estrangeiro, já conhecermos "como funciona" o sistema de saude em Portugal, vamos ter menos dificuldds na nosso trabalho!

o meu objectivo como estudant de medicina é poder ajudar os outros... fazer voluntariado... "salvar pessoas"... e n lutar para q continue a haver falta de medicos e assim poder ganhar milhoes de €€€!!!!!!!!! ADORO MEDICINA, e tenho imensa pena n poder realizar este sonho no meu país.... mas espero q a ministra tome a decisao mais correcta!

OBRIGADAAA A TODOS OS K NOS APOIAM!

Kekes disse...

É assim, muitos de vocês pensam que É um investimento muito grande vir estudar para o estrangeiro medicina, mas desenganem-se, é verdade que muita da gente tem uma disponibilidade financeira melhor que muita boa gente, no entanto, e com muito esforço dos meus pais que eu estou em Barcelona, e acho que é uma estupidez nao nos querem ai... o mais estupido é depois não nos darem as regalias suficientes para voltaremos ao nosso pais.

Eu de qualquer das maneiras nunca vou para Portugal acabar o curso, pois sei que seria vitima de AI não foste formado aqui, no entanto estou a estudar numa das melhores faculdades de medicina em espanha, ou seja a minha formação vai ser bastante boa, no entanto nao reconhecem o meu esforço...

Quem não sabe é bastante dificel, no meu caso, sair de casa com 17 anos, habituado a viver com a mae e pai mais as irmas desde sempre, chegar a um pais estrangeiro que não me era nada, ir a casa de 2 em dois meses... e como uma grande professora minha dizia, um aluno de 16 e igual a um aluno de 18, so diferencia os valores, e nao creio que eu va ser pior medico, que um aluno de medicina em portugal, isso mede-se com a humanidade que cada pessoa tem, e que muita boa gente so vai para medicina poruqe tem boas notas, porque da para ganhar muito dinheiro... Isto aqui em espanha e totalmente diferente, eles tem falta de medicos, ganha-se bem tambem, nao e a toua que os medicos espanhois estao a voltar ao seu país... no entanto a media é mais baixa, isso tem a haver com a diferença de mentalidades...

Nao penso que eu com media de 17.7, nao tenha capacidades iguais e conehcimentos iguais ou talvez superiores que um aluno que um aluno de medicina em portugal...

Acho que o que os alunos de medicina em portugal têm é muitas vezes o perconceito dos alunos que estão no estrangeiro, porque entraram com media inferior, não é pelo preço, eu gasto EM BARCELONA, estadia mais alimentaçao 400€/mes, conheço muita boa gente que os pais nao estao assim tao bem, que estao a passar fome para os filhos gastarem fortunas, não é muitas vezes o problema financeiro, e muitas vezes a falta de coragem, e a falta de votnade de ultrapassar as dificuldades que se tem de passar para entrar, fiz os exames nacionais espanhois, e os portugueses num pazo de um mês e saquei boa nota em ambos, estudar para duas «escolas» tem o seu louvor, e gentes que estao a estudar no estrangeiro CORAGEMMMM tiveram que ter mas ninguem se lembra disso...

Pedro PL disse...

Acho surreal utilizarem o argumento "faculdades bastante melhores que as nossas", querendo mesmo assim voltar para Portugal acabar o curso. Não deve ser por razões económicas, visto que "é tao caro para uma familia de fora das cidades que acolhem Faculdades de Medicina ter os seus filhos nessas faculdades como ter, por exemplo, os filhos a estudar numa qualquer faculdade espanhola". Então o que os incentivará a voltar, pergunto-me eu? Querem passar a ter uma qualidade inferior de ensino, pagando o mesmo? Quem vos ouve até parece que estão a fazer um favor às faculdades portuguesas.
De facto, reconheço a luta, que não é fácil, por que todos passaram para entrar cá, em Portugal. No entanto, eis o que se passa: não foram os únicos que se esforçaram... os de cá também! Sejamos justos: querem dar oportunidade aos que estudam no estrangeiro, dêem também aos de medicina dentária que não conseguiram e que muitos também estão aptos para terem algumas equivalências, assim como os que estudam outros cursos de saúde porque não conseguiram entrar em medicina. Dêem a oportunidade aos próprios estudantes de medicina que apesar de entrarem em Portugal, também têm despesas ao estudar fora da sua cidade. Dêem-lhes a oportunidade de acabar os estudos numa faculdade mais perto de casa. Claro que esta situação é absurda.
"Coragem", dizem. E os que saem da sua cidade para ir estudar para outra que tenha uma faculdade de medicina, estando a mais de 300 km de casa? Realmente, como são todos infelizes, vítimas da sociedade. Com isto não quero dizer que sou indiferente à coragem a que se referem, mas também queria deixar aqui o meu apoio e admiração à coragem dos que decidem perder um ou vários anos de vida a voltar a tentar entrar em medicina, curiosamente para quê também? ah, pois, para seguirem o seu sonho.
Nem vou comentar as médias de entrada, porque como todos sabem, não reflectem a qualidade do aluno e quem as define é o último candidato que preenche as vagas. Não é a faculdade, não é o governo. Isto deve-se ao número de vagas, que tem vindo a aumentar exageradamente nos últimos anos, sem uma adaptação e investimento necessários por parte das faculdades. Resultado: ensino com pior qualidade. Sou estudante de medicina em Portugal, não sei como é o ensino no estrangeiro, mas já somos demasiados estudantes cá, a qualidade do ensino piora a cada ano que passa e ainda querem trazer mais estudantes? Lembrem-se de outra coisa, estas medidas NÃO resolvem a falta de médicos a curto e médio prazo. As pessoas esquecem-se de que a formação de um médico demora cerca de 10 anos. Com tantas medidas, os números não mentem: vai haver um excesso de 6350 médicos até 2020. É muito fácil estar de fora e fazer comentários sem se informar primeiro.
"Invejosos"? Também trabalhei, também me esforcei, e consegui entrar, mesmo não sendo perto de casa, assim como muitos. Esta medida é mais uma para acalmar o povinho que a engole sem se informar. Não se queixem, não se ponham no lugar de vítima. Por um ensino melhor, pelas mesmas oportunidades, pela igualdade de direitos, por futuros médicos que saibam o que fazem. Desculpem se luto por uma seriação justa e por uma melhor qualidade de ensino e de profissionalismo médico.

Fernanda Silva disse...

Afinal porquê tanto alarido? Será que a Senhora Ministra da Saúde perguntou alguma coisa aos alunos de medicina? Que eu conheça não!!!! então comentários e respostas só quando lhe perguntarem não será melhor??? E se não é medo que têm dos outros que eles dizem que lhe vêm tirar o lugar é o que? e tirar o lugar a quem se há tantos lugares para todos.... ou será que as notas que eles tanto dizem que têm valem menos do que as dos alunos que foram para o estrangeiro?? pois é secalhar é mesmo isso eles têm as notas os outros a sabedoria e daí o grande problema....

Juizo canalha porque os nossos futuros médicos é isso que são canalha e invejosos...

Tânia Simoes disse...

Eu estou neste momento a fazer o 12ano em espanha, ja que o meu pai nao tinha trabalho em portugal. Perdi um ano, tive que aprender duas linguas, castelhano e catalao, porque estou na catalunha. Mas um ano depois de chegar sou a melhor aluna de toda a escola secundária, e quero entrar na universidade de medicina, o meu sonho de toda a vida. Por circunstancias da vida vou entrar numa universidade de espanha, e agora voces, alunos de medicina, podem-me dizer que nao tenho o mesmo direito de estudar no meu país?..Também tenho família e estou muito longe e se um dia poder vou voltar, nao admito que me digam que nao tenho direito, ja que secalhar tive que me esforçar mais do que qualquer um de voces. Pensem um bocadinho nas pessoas como eu...nao sejam tao egoistas... Desde que estou aqui sou muito mais humana do que era, e sabem porque?..porque passei ao outro lado do espelho, passei da vida perfeita no meu país, a ter que estudar mil vezes mais longe das pessoa que amo. Uma coisa também digo, nao me posso queixar dos espanhois, receberam-me muito bem e adaptei-me muito bem, mas sou portuguesa e se posso volto ao meu país como digna aluna de medicina.

Anónimo disse...

Engraçado.
Sou estudante de medicina no estrangeiro. Em Portugal não me candidatei a medicina porque queria fazer outra carreira. Depois de ter feito um curso e doutoramento na área da biomedicina, apercebi-me que se calhar gostaria de praticar medicina.
Inscrevi-me, fiz uma carrada de testes, entrei num curso em que o rácio de inscrições/lugares é de 10:1. Estou a fazer o curso com o dinheiro que ganhei enquanto que trabalhei.
Agora, vem estes melros que se calhar estão a estudar em Portugal com o dinheiro dos pais dizer-me que não posso voltar ao meu país... A minha sorte é que não estou mesmo nada interessado em voltar ao meu país. Digo sorte, porque de outra maneira teria que aturar estes espertinhos todos os dias.
Num país onde a capacidade intelectual é o único pre-requisito para se ser médico não se espera outra coisa. É preciso testes de aptidão para que só pessoas que tenham interesse em ajudar outras pessoas pelo caminho da medicina sejam admitidas nos cursos médicos.